Como todos os jovens liberais não tenho nada contra os homossexuais. Mas não sei bem porquê (talvez porque o meu pai se pôs a falar sobre a selecção natural das espécies que, hoje em dia, se processa muito lentamente) comecei a pensar no que é natural. Pareceu-me que ser homossexual nao o é. Ser heterossexual justifica-se devido à necessidade de continuar a espécie, mas ser homossexual parece-me que é so uma questão de prazer. Não sei se a homossexualidade é uma escolha ou não, mas acho provável que seja em parte pré-determinada à nascença.
A minha primeira teoria foi justificar a homossexualidade como consequência da falta de necessidade de nos reproduzirmos, visto que, há pessoas a mais. Mas a homossexualidade é muito posterior a este nosso mundo superlotado. Já na Antiguidade era uma opção viável. Mas, acho que se relaciona com a quantidade de recursos disponíveis. Será a homossexualidade uma forma da natureza nos impedir de nos continuarmos a reproduzir a um ritmo tão acelarado?
Não faço ideia. E nem acho que seja muito importante saber. É apenas curiosidade.
19 de fevereiro de 2008
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23 comentários:
Só quero salientar um ponto que acho crucial.
Isso tem a sua lógica mas...
ninguém literalmente ninguém pensa nisso assim x'D
Ès sem duvida a pessoa mais atrofiada que conheço.
Eu acho isso tudo muito interessante, mas ainda mais interessante é pensar na monogamia. Então se há mais mulheres que homens (ainda que só ligeiramente, devido a uns quantos países que gostam muito de trucidar meninas)não será justo que cada mulher possa ter um homenzinho? Nem que seja a partilhar...
Sorry. Look please here
porque é que há necessidade de justificar o ser humano apenas com base no que é "natural"? Se fossemos apenas produto da natureza, porque raio havíamos de construir catedrais, pintar quadros, fazer música? nada disso tem uma "justificação" e, no entanto, são precisamente todas estas as coisas que mais nos caracterizam.
Homossexualidade, monogamia – podes encontrar explicações científicas para todo o comportamento humano – eu gosto simplesmente de pensar que a natureza (ou a sua lógica) não determina tudo o que podemos ser e que as relações humanas são tão complexas como cada um de nós.
Tirando os que acreditam no Menino Jesus, todos temos que concluir que o ser humano é rigorosamente natural, pelo que toda a sua complexidade, as catedrais, a pintura abstracta, a própria ideia de Deus, são produtos rigorosamente naturais (no sentido de produzidos e regidos pela natureza).
A distinção entre o que é "natural" ou produzido pelo homem ou pela sociedade é uma distinção meramente operativa (adoptada por ser mais fácil de entender que a exposição completa da distinção) e não afasta o facto de o homem ser um produto da natureza.
Desculpa, João, mas tenho de dar razão e apoiar o comentário da Dri; ou antes, vou tentar fazer uma ponte entre ambos, mas tendencialmente contra ti:
Há coisas, na "natureza" humana, que são naturais; e há outras, na "natureza", que não são naturais, pese embora o eventual paradoxo da frase.
Afinal, cada homem é ele próprio e a sua circunstância (já se esqueceram desta lição?).
Defender que a homossexualidade é natural, ou fruto da pretensa evolução não leva a lado nenhum: certo, certo, é que há homossexuais e eles explicam-se a si próprios.
Eu não o sou e confesso que me choca um bocado a sua "inclinação". Mas não posso negar que os há e que isso resulta de escolhas próprias, que também podem ser imposições próprias, inclinações, tendências, cargas hereditárias ou cromossómicas... ou então, apenas vontade de experimentar algo de diferente, por mero prazer, ou novidade.
Discutir isso, caro João, é a mesma coisa que não acreditar no Menino Jesus...
E tu, lá no fundo, que dizes ser tudo produto da natureza, sabes que existe...
Não percebo por que se há-de atacar os que acreditam no menino Jesus.
Eu acredito.
Gostar do menino Jesus não é natural? Porquê? Quem é que assim decidiu? É fácil atacar o menino Jesus. Revela falta de carácter fazer frente a uma criança, ainda por cima quando ela está deitada.
Mais, eu acredito no Pai Natal.
E dai?
Eu assumo as minhas convicções sem rodeios e com orgulho.
Sei que estas são questões controversas e que podem chocar, mas não é por isso que eu lhes viro as costas; não é que eu tivesse receio de virar as costas.
Caro Maçarro
Antes de mais deixe que lhe diga que o seu estilo literário me soa estranhamente familiar.
Por outro lado tenho que reconhecer que a referência ao Menino Jesus deu um tom depreciativo ao meu anterior post que não corresponde à minha real intenção... até porque, estou em crer que, qualquer dia, até eu (hoje por hoje um ateu) acredito no Menino Jesus.
Caro Tony
Espanta-me que me queira bater e ao mesmo tempo estabelecer uma ponte e a sua ideia das coisas que na natureza não são naturais deixa-me literalmente de costas voltadas para a frente, inclinado para a vertical, extrovertido para dentro... como diria o nosso amigo Marquês de Salsas
Deixai o menino Jesus afastado desta polémica.
Já basta ele ter que viver numa terra onde não há paz e que conversar algumas vezes com a Alexandra Solnado.
Tony, man, tu não é engenheiro, deixa as pontes.
Quer dizer: para ti, João, eu sou assim uma espécie de director do Sol, só que ao contrário...
(como me saíu bem esta ideia...).
...mas as pontes são passagem para a outra margem, Maç@rroTó!
(já ouvi isto em algum lado, ou fui eu que inventei agorinha mesmo...).
Não posso deixar passar em claro o "comentário eliminado".
O "Comentário eliminado" é intrigante como o Marquês e, ao mesmo tempo, sucinto como o maçarro!
Em todo o caso, suspeito que o comentário - cujo teor vamos para sempre ignorar - poderá ser a ponte sempre presente no discurso do Tony
depois de uma semana angustiante a pensar como é que iria responder ao argumento "tudo é natural", vejo que me atrasei (e muito!) nesta discussão. depois de comentários tão esclarecedores, entre os quais só falta a opinão do ilustre marquês de salsas, já não me resta acrescentar nada.
Mas não há nada a indagar, João: o comentário eliminado era meu, porque sem querer cliquei duas vezes e o mesmo surgiu em duplicado.
Nada de transcendente, como vês.
O Marquês de Salsas, tanto quanto sei, está retirado numa das suas propriedades.
Estou certo de que ele, como pessoa de bem que é, não deixaria de ficar indignado com este vil ataque ao menino Jesus.
Não nos podemos esquecer que esta é uma criança que sofre com muito que a rodeia. Algum de vós sabe quanto lhe custa ser gozado na escola por o pai dele acreditar que a mãe ainda é virgem?
Pois é.
Deslargai o menino Jesus.
Conclusões:
O João é budista, apesar de dizer que é ateu (melhor seria afirmar que é agnóstico...).
O Bernardo sonha com um mundo poligâmico (e tem a coragem de o escrever aqui, para gáudio de uns e eventualmente raiva de outros...).
A Adriana não acredita na natureza, nem no direito natural (que, em boa verdade, já morreu há muito).
O Maç@rro acredita no Menino Jesus, mas não consegue confessá-lo e assim usa psicologia invertida.
Eu sou o único que faz pontes, mas ninguém quer por elas passar.
E finalmente a Filipa tem uma paciência enorme em nos aturar a todos aqui...
...e apetece-me dizer, como um jurisconsulto de que esqueço agora o nome:
ZURÜCK ZU SAVIGNY!
A mim parece-me é que com tantas pontes o tony queria era ser engenheiro como o outro...
Oh Bernardo: chama-me tudo o que de mais insultuoso puderes encontrar. Mas, por favor, não me compares com o "engenhâiro"!
Tudo, menos isso!!!!!!!
Filipa,
depois de tantos comentários vou tentar dar-te o meu ponto de vista e comentar alguns dos outros.
A homossexualidade nada tem a ver com o excesso de população. Esse seria um ponto de vista reducionista e tu és inteligente demais para isso.
Biologicamente falando é contra-natura pois, "naturalmente", é impossível duas pessoas do mesmo sexo reproduzirem-se.
Beko: a Monogamia é uma questão cultural.
Dri: tens toda a razão, não há nada mais complexo do que as relações humanas.
João: o Homem é um produto da natureza mas é influenciado por muito mais do que a natureza o que faz com que aquilo que produza não possa ser totalmente natural.
A homossexualidade não pode ser explicada, existem demasiadas variáveis que não são possíveis de medir.
Filipa Mesquita
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